Em assembleia realizada na noite desta quinta-feira (17), os policiais civis de Pernambuco decidiram por duas paralisações setoriais, cada uma por 24 horas, na próxima semana. Na quarta-feira (23), profissionais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) vão parar a partir das 8h. A mobilização será acompanhada por protestos durante todo o dia. Já na sexta (25) param os profissionais do Complexo de Prazeres. A categoria também manteve em estado de greve.
Segundo a assessoria de comunicação do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), dez filiados se dispuseram como voluntários para, junto à diretoria da Sinpol e representantes de entidades de classe, definirem novos locais de paralisação setorial e mobilização.
Sobre uma nova data de assembleia, os policiais vão esperar a repercussão do movimento e um posicionamento do Governo do Estado. “Pensamos num calendário que pressione o Governo a avançar com as negociações”, afirmou a assessoria.
Entre os itens da pauta de greve dos policiais civis, está a distorção salarial – cerca de 72% - entre a remuneração de um delegado em início de carreira, por exemplo, com um policial que está na ativa há 30 anos. Além disso, a categoria reclama da carga horária excessiva, falta de efetivo, não recebimento de horas extras, falta de estrutura nas delegacias e o aumento da pressão para atingir as metas do Pacto pela Vida. Os trabalhadores apontam que, desde 2007, 38% dos contratados pediram exoneração.
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