Cumprindo seu décimo mandato de deputado federal, Inocêncio Oliveira, do Partido da República (PR), anunciou que deixará a política no final do ano. "Quero deixar o exemplo para os políticos que é possível terminar a carreira no auge", resumiu ao explicar os motivos que o fizeram tomar a decisão. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (23), na sede regional da legenda, localizada no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife. Durante seu discurso, Inocêncio ressaltou quais foram seus principais feitos durante a carreira política, que se encerra ao final do mandato. "Muito mais importante do que todas as obras realizadas, foi a defesa da interiorização no desenvolvimento no Estado", disse o político quando falava de seu trabalho nas cidades da Zona da Mata, Agreste e Sertão pernambucano.
Seguindo o discurso do exemplo, o deputado federal disse ainda que sua decisão servirá para que os outros políticos possam reavaliar seus mandatos."Já fiz muito por Pernambuco e estou ajudando agora dando o exemplo para a reforma política, começando com a renovação dos quadros. Depois de dez mandatos, eu acho que vou dar um exemplo à Pernambuco e ao Brasil".
Inôcencio esclareceu que apesar da idade, 75 anos, a saúde em nada está relacionada com a decisão de não pleitear um novo mandato. "Não tem uma taxa minha que não esteja boa, o problema de joelho eu vou resolver e vou ficar bom, o problema na audição foi resolvido com um aparelho auditivo, então não tem problema de saúde de nenhum natureza", rebateu ao ser questionado sobre o assunto.
Sobre seu futuro, Inocêncio confirmou que não aceitará qualquer cargo político após deixar a legislatura, mas que seguirá até o final de seu mandato como presidente do partido. Após esse último compromisso com a vida política, Oliveira deve ser substituído pelo deputado Anderson Ferreira. Já os votos de Inocêncio devem ser divididos entre o primo Sebastião Oliveira e o próprio Anderson Ferreira, dois nomes que serão apoiados para o cargo de deputado federal nas próximas eleições.
Presente do evento, o secretário de Turismo do Estado, Alberto Feitosa, comentou que ao comunicar o partido sobre sua decisão, ele teria dito que não queria mais seguir a carreira por "não se sentir 100% para o trabalho". Feitosa disse ainda que as viagens para Brasília também estariam se tornando incômodas, além da impossibilidade de estar sempre presente nas cidades que representa. O secretário também não escondeu que, na sua opinião, o Partido da República perderá um importante nome. "Inocêncio conhece todos os deputados não só pelo nome, mas por outros fatores, é um nome muito influente, e será sim uma grande perda", finalizou Alberto.
Fonte: JORNAL DO COMERCIO
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